Conforme mostra o Icomex, divulgado esta semana, apesar do superávit comercial recorde registrado em 2023, em alguns mercados, como União Europeia e América do Sul excluindo Argentina, esse resultado foi menor do que no ano anterior. Algo na adenda da política comercial brasileira pode colaborar para mitigar essa queda, em especial considerando que as projeções, tanto de mercado quanto oficiais, são de que em 2024 o superávit comercial brasileiro será menor do que no ano passado?
No curto prazo, é difícil. Em geral, aumentar a exportação para outras economias também dependem a perspectiva de crescimento destas, e não há no radar projeções maravilhosas para países aqui da região, como Peru e Colômbia. No caso da Argentina, as exportações de soja contribuíram para o superávit de 2023, mas as condições climáticas que levaram a esse aumento demanda não se repetirão, e o país está diante de uma crise importante. Comércio intrarregional está estreitamente relacionado com fluxos de investimentos, que no caso da região é baixo. Além disso, cada vez amis concorremos dentro desses países com manufaturas chinesas, posto que a China tem acordos de livre comércio com vários, como Chile, Peru e Colômbia, o que nos faz perder mercado.